Quantos caminhos percorrerei?
Os teus, eu sei de cor.
Sei todas as linhas que atravessam teu corpo.
Sei das curvas que delineiam cada parte.
Ah se sei!
Há curvas magníficas em ti.
Cada linha sinuosa! Hummm...
De vez em quando faço novos caminhos em ti.
Com a ponta do dedo roço teus lábios
Em um vai e vem seguido de um piscado.
Gosto mais quando os dedos teimam
Em aventurar-se em novos horizontes.
Quando descem e fazem círculos e curvas mil
Dedos atores fingindo que não têm medo.
Dedos maliciosos que brincam com fogo.
Que eriçam mamilos.
Que eriçam pelos.
Que fazem círculos e esperam...
Que retornam para ver como reages
Em um vai e vem lento e maldoso.
Eles olham...
Eles esperam...
Eles riem de teu olhar de quem quer mais.
Eles fingem um desinteresse, um ar de cansados...
Teus olhos pedem mais... mais...
Teu peito arfa num côncavo...
Círculos de de ansiedade brotam de teu corpo...
A inquietação desalinha teus cabelos...
E numa curva fechada a interrogação surge...
Freou?
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