BEM-VINDO!!!

Aonde fores, por onde fores, encontrarás palavras. Nem sempre tão belas. Mas podes torná-las melhores que
são. Um abraço! Marcio Campos

TIPOS TEXTUAIS



Gêneros textuais : definição e funcionalidade
Luiz Antônio Marcuschi
1. Gêneros textuais como práticas sócio-históricas


Já se tornou trivial a ideia de que os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social. Fruto de trabalho coletivo, os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia. São entidades sócio-discursivas e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa. No entanto, mesmo apresentando alto poder preditivo e interpretativo das ações humanas em qualquer contexto discursivo, os gêneros não são instrumentos estanques e enrijecedores da ação criativa. Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis. dinâmicos e plásticos. Surgem emparelhados a necessidades e atividades sócio-culturais, bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita.
Quanto a esse último aspecto, uma simples observação histórica do surgimento dos gêneros revela que, numa primeira fase, povos de cultura essencialmente oral desenvolveram um conjunto limitado de gêneros. Após a invenção da escrita alfabética por volta do século VII A. c., multiplicam-se os gêneros, surgindo os típicos da escrita. Numa terceira fase, a partir do século XV, os gêneros expan¬dem-se com o flores cimento da cultura impressa para, na fase intermediária de industrialização iniciada no século XVlII, dar início a uma grande ampliação. Hoje, em plena fase da denominada cultura eletrônica, com o telefone, o gravador, o rádio, a TV e, particularmente o computador pessoal e sua aplicação mais notável, a intemet, presenciamos uma explosão de novos gêneros e novas formas de comunicação, tanto na oralidade como na escrita.
Isto é revelador do fato de que os gêneros textuais surgem, situam-se e integram-se funcionalmente nas culturas em que se desenvolvem. Caracterizam-se muito mais por suas funções comunicativas, cognitivas e institucionais do que por suas peculiaridades linguísticas e estruturais. São de difícil definição formal, devendo ser contemplados em seus usos e condicionamentos sócio-pragmáticos caracterizados como práticas sócio-discursivas. Quase inúmeros em diversidade de formas, obtêm denominações nem sempre unívocas e, assim como surgem, podem desaparecer.
Esta coletânea traz estudos sobre uma variedade de gêneros textuais relacionados a algum meio de comunicação e analisa-os em suas peculiaridades organizacionais e funcionais, apontando ainda aspectos de interesse para o trabalho em sala de aula. Neste contexto, o presente ensaio caracteriza-se como uma introdução geral à investigação dos gêneros textuais e desenvolve uma bateria de noções que podem servir para a compreensão do problema geral envolvido. Certamente, haveria muitas outras perspectivas de análise e muitos outros caminhos teóricos para a definição e abordagem da questão, mas tanto o exíguo espaço como a finalidade didática desta breve introdução impedem que se façam longas incursões pela bibliografia técnica hoje disponível.
2. Novos gêneros e velhas bases
Como afirmado, não é difícil constatar que nos últimos dois séculos foram as novas tecnologias, em especial as ligadas à área da comunicação, que propiciaram o surgimento de novos gêneros textuais. Por certo, não são propriamente as tecnologias per si que originam os gêneros e sim a intensidade dos usos dessas tecnologias e suas interferências nas atividades comunicativas diárias. Assim, os grandes suportes tecnológicos da comunicação tais como o rádio, a televisão, o jornal, a revista, a internet, por terem uma presença marcante e grande centralidade nas atividades comunicativas da realidade social que ajudam a criar, vão por sua vez propiciando e abrigando gêneros novos bastante característicos. Daí surgem formas discursivas novas, tais como editoriais, artigos de fundo, notícias, telefonemas, telegramas, telemensagens, teleconferências, videoconferências, reportagens ao vivo, cartas eletrônicas (e-mails), bate-papos virtuais, aulas virtuais e assim por diante.
Seguramente, esses novos gêneros não são inovações absolutas, quais criações ab ovo, sem uma ancoragem em outros gêneros já existentes. O fato já fora notado por Bakhtin [1997] que falava na 'transmutação' dos gêneros e na assimilação de um gênero por outro gerando novos. A tecnologia favorece o surgimento de formas inovadoras, mas não absolutamente novas. Veja-se o caso do telefonema, que apresenta similaridade com a conversação que lhe pré-existe, mas que, pelo canal telefônico, realiza-se com características próprias. Daí a diferença entre uma conversação face a face e um telefonema, com as estratégias que lhe são peculiares. O e-mail (correio eletrônico) gera mensagens eletrônicas que têm nas cartas (pessoais, comerciais etc.) e nos bilhetes os seus antecessores. Contudo, as cartas eletrônicas são gêneros novos com identidades próprias, como se verá no estudo sobre gêneros emergentes na rnídia virtual.
Aspecto central no caso desses e outros gêneros emergentes é a nova relação que instauram com os usos da linguagem como tal. Em certo sentido, possibilitam a redefinição de alguns aspectos centrais na observação da linguagem em uso, como por exemplo a relação entre a oralidade e a escrita, desfazendo ainda mais as suas fronteiras. Esses gêneros que emergiram no último século no contexto das mais diversas mídias criam formas comunicativas próprias com um certo hibridismo que desafia as relações entre oralidade e escrita e inviabiliza de forma definitiva a velha visão dicotômica ainda presente em muitos manuais de ensino de língua. Esses gêneros também permitem observar a maior integração entre os vários tipos de semioses: signos verbais, sons, imagens e formas em movimento. A linguagem dos novos gêneros torna-se cada vez mais plástica, assemelhando-se a uma coreografia e, no caso das publicidades, por exemplo, nota-se uma tendência a servirem-se de maneira sistemática dos formatos de gêneros prévios para objetivos novos. Como certos gêneros já têm um determinado uso e funcionalidade, seu investimento em outro quadro comunicativo e funcional permite enfatizar com mais vigor os novos objetivos.
Quanto a este último aspecto, é bom salientar que embora os gêneros textuais não se caracterizem nem se definam por aspectos formais, sejam eles estruturais ou lingüísticos, e sim por aspectos sócio-comunicativos e funcionais, isso não quer dizer que estejamos desprezando a forma. Pois é evidente, como se verá, que em muitos casos são as formas que determinam o gênero e, em outros tantos serão as funções. Contudo, haverá casos em que será o próprio suporte ou o ambiente em que os textos aparecem que determinam o gênero presente. Suponhamos o caso de um determinado texto que aparece numa revista científica e constitui um gênero denominado "artigo científico"; imaginemos agora o mesmo texto publicado num jornal diário e então ele seria um "artigo de divulgação científica". É claro que há distinções bastante claras quanto aos dois gêneros, mas para a comunidade científica, sob o ponto de vista de suas classificações, um trabalho publicado numa revista científica ou num jornal diário não tem a mesma classificação na hierarquia de valores da produção científica, embora seja o mesmo texto. Assim, num primeiro momento podemos dizer que as expressões "mesmo texto" e "mesmo gênero" não são automaticamente equivalentes, desde que não estejam no mesmo suporte. Estes aspectos sugerem cautela quanto a considerar o predomínio de formas ou funções para a determinação e identificação de um gênero.


3. Definição de tipo e gênero textual
Aspecto teórico e terminológico relevante é a distinção entre duas noções nem sempre analisadas de modo claro na bibliografia pertinente. Trata-se de distinguir entre o que se convencionou chamar de tipo textual, de um lado, e gênero textual, de outro lado. Não vamos aqui nos dedicar à observação da diversidade terminológica existente nesse terreno, pois isso nos desviaria muito dos objetivos da abordagem.
Partimos do pressuposto básico de que é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum texto. Em outros termos, partimos da idéia de que a comunicação verbal só é possível por algum gênero textual. Essa posição, defendida por Bakhtin [1997] e também por Bronckart (1999) é adotada pela maioria dos autores que tratam a língua em seus aspectos discursivos e enunciativos, e não em suas peculiaridades formais. Esta visão segue uma noção de língua como atividade social, histórica e cognitiva. Privilegia a natureza funcional e interativa e não o aspecto formal e estrutural da língua. Afirma o caráter de indeterminação e ao mesmo tempo de atividade constitutiva da língua, o que equivale a dizer que a língua não é vista como um espelho da realidade, nem como um instrumento de representação dos fatos.
Nesse contexto teórico, a língua é tida como uma forma de ação social e histórica que, ao dizer, também constitui a realidade, sem contudo cair num subjetivismo ou idealismo ingênuo. Fugimos também de um realismo externalista, mas não nos situamos numa visão subjetivista. Assim, toda a postura teórica aqui desenvolvida insere-se nos quadros da hipótese sácio-interativa da língua. É neste contexto que os gêneros textuais se constituem como ações sócio-discursivas para agir sobre o mundo e dizer o mundo, constituindo-o' de algum modo.
Para uma maior compreensão do problema da distinção entre gêneros e tipos textuais sem grande complicação técnica, trazemos a seguir uma defi¬nição que permite entender as diferenças com certa facilidade. Essa distinção é fundamental em todo o trabalho com a produção e a compreensão textual. Entre os autores que defendem uma posição similar à aqui exposta estão Douglas Biber (1988), John Swales (1990.), Jean Michel Adam (1990), Jean Paul Bronckart (1999). Vejamos aqui uma breve definição das duas noções:


(a) Usamos a expressão tipo textual para designar uma espécie de construção teórica definida pela natureza lingüística de sua composição {aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas}. Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção.
(b) Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são inúmeros. Alguns exemplos de gêneros textuais seriam: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, notícia jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante, instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por compu¬tador, aulas virtuais e assim por diante.


HISTÓRIA EM QUADRINHOS
Quadrinhos, a primeira vista achamos que pode ser uma sequência de quadros?!? É realmente isso mesmo.
Uma definição bem simples é que os quadrinhos são uma sequência de quadros que expressam uma história, informação, ação, etc.
História em quadrinhos, quadrinhos, gibi é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais variados gêneros e estilos.
São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais.
São conhecidos como comics nos Estados Unidos, bande dessinée na França, fumetti na Itália, tebeos na Espanha, historietas na Argentina, muñequitos em Cuba, mangá no Japão.
A história em quadrinhos é chamada de “Nona Arte” dando seqüência à classificação de Ricciotto Canudo. O termo “arte sequencial” (traduzido do original sequential art), criado pelo quadrinista Will Eisner com o fim de definir “o arranjo de fotos ou imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma idéia”, é comumente utilizado para definir a linguagem usada nesta forma de representação.
Alguns elementos das histórias em quadrinhos


As histórias em quadrinhos envolvem uma linguagem complexa, que foi se aperfeiçoando ao longo de mais de um século de existência dessa arte. Esses elementos e sua simbologia são tão importantes que, para quem não está acostumado com ele, pode ser até impossível entender a história.




Quadro - Também chamado de requadro ou cercadura, é o espaço no qual acontece uma ou mais ações. Nos EUA usa-se geralmente um máximo de seis quadros por página, mas alguns autores contemporâneos preferem o formato clássico de nove quadros por página (usado, por exemplo, em Watchmen). Na Europa, onde sao comuns revistas de tamanho maior, esse número pode dobrar. A disposição dos quadros na página pode facilitar ou dificultar a leitura (lembre-se que no ocidente lemos da esquerda para a direita e isso deve ser respeitado nas HQs). Além disso, a disposição dos quadros cumpre a função de dar dinamismo às seqüências.


Balão - É onde ficam as falas dos personagens. O balão normalmente é arredondado, com um rabicho que indica quem está falando. O texto narrativo é colocado em um balão quadrado. O balão não só expressa quem está falando, como pode expressar o humor da pessoa. Assim, um balão pode expressar susto, grito, medo, frieza e até amor (é o caso de um balão no formato de coração).




Metáforas visuais - Quando o personagem está nervoso, sai uma fumacinha da cabeça dele. Quando alguém está correndo muito rápido, aparecem vários traços paralelos para demonstrar seu deslocamento. Essas metáforas visuais são usadas pelos quadrinistas para transmitir situações da história sem necessitar utilizar o texto. Incentive seus alunos a criar metáforas visuais para várias situações. Por exemplo, como seria a metáfora visual para alguém triste? Que tipo de metáfora visual poderia demonstrar que alguém está pensando em dinheiro?



Onomatopéias - Expressam o som dos objetos e permitem que o leitor "ouça" o som das coisas. Durante muito tempo os brasileiros tentaram imitar as onomatopéias norte-americanas, mas hoje a tendência é criar palavras locais. Leve vários objetos para a sala de aula e incentive seus alunos a criar onomatopéias para eles. Por exemplo, como seria possível escrever o som de uma régua batendo no quadro? Como é o som de um cofrinho cheio de moedas sendo balançado?



Paródia




A paródia é a criação de um texto a partir de um bastante conhecido, ou seja, com base em um texto consagrado alguém utiliza sua forma e rima para criar um novo texto cômico, irônico, humorístico, zombeteiro ou contestador, dando um novo sentido ao texto. Parte da intertextualidade, a paródia é um intertexto, ou seja, é um texto resultante de um texto origem que pode ser escrito ou oral. Essa intertextualidade também pode ocorrer em pinturas, no jornalismo e nas publicidades.




Veja abaixo as paródias feitas a partir da Canção do Exílio de Gonçalves Dias:


Uma canção


Minha terra não tem palmeiras...
E em vez de um mero sabiá,
Cantam aves invisíveis
Nas palmeiras que não há.
Minha terra tem relógios,
Cada qual com a sua hora
Nos mais diversos instantes...
Mas onde o instante de agora?
Mas onde a palavra “onde”?
Terra ingrata, ingrato filho,
Sob os céus da minha terra
Eu canto a Canção do Exílio!


[Mário Quintana]


Canto de regresso à pátria


Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo


[Oswald de Andrade]












PARÁFRASE
Na Paráfrase a relação é contratual, pois o segundo autor retoma o texto do primeiro tomando-o como modelo, reescrevendo-o sem subvertê-lo, apenas atualizando-o conforme o novo contexto histórico-social.
Exemplos: Resumos, resenhas..

Ave Maria,
cheia de graça,
o Senhor é convosco,
bendita sois Vós entre as mulheres,
bendito é o fruto em Vosso ventre,
Jesus.
Santa Maria Mãe de Deus,
rogai por nós os pecadores,
agora e na hora da nossa morte.
Amém.
Ave-maria Natureza
Ave Maria
mãe das estrelas, mãe do céu.
Alma doce da natureza
Oh seiva viva que nutre esse chão
dá tua luz a tudo que vive e respira
leva a dor do coração.
Oh doce mãe estende teu manto
pra essa terra que tanto precisa de ti
transforma os corações dos homens
pra que o paraíso aconteça aqui.
Santa Maria.
EPÍGRAFE
Na literaturaepígrafe é um título ou frase curta, que, colocado no início de uma obra, serve como tema ou assunto para resumir ou introduzir a obra. Constitui uma escrita introdutória a outra.Do grego gráphein (“inscrição”), uma epígrafe é um texto breve, em forma de inscrição solene, que abre um livro ou uma composição poética.

CANÇÃO DO EXÍLIO
Kennst du das Land, wo die Citronen blühen,
Im dunkeln die Gold-Orangen glühen,
Kennst du es wohl? — Dahin, dahin!
Möcht ich... ziehn.[1]
Goethe



Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

 A epígrafe é uma citação, com cortes, da primeira estrofe da balada "Mignon". Tradução:
  1. "Conheces o país onde florescem as laranjeiras?
    Ardem na escura fronde os frutos de ouro...
    Conhecê-lo? Para lá, para lá quisera eu ir!"
CITAÇÃO

Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte.
A mesma deve vir entre aspas no texto.

 REFERÊNCIA E ALUSÃO

Machado de Assis é mestre nesse tipo de intertextualidade. Ele foi um escritor que visualizou o valor desse artifício no romance bem antes do Modernismo. No romance Dom Casmurro, ele cita Otelo, personagem de Shakespeare, para que o leitor analise o drama de Bentinho.

TRADUÇÃO

      A tradução de um texto literário implica em recriação, por isso ela está no campo da intertextualidade.


HALO
BEYONCÉ
Remember those walls I built?
Well, baby they're tumbling down
And they didn't even put up a fight
They didn't even make up a sound

I found a way to let you in
But I never really had a doubt
Standing in the light of your halo
I got my angel now

It's like I've been awakened
Every rule I had you breaking
It's the risk that I'm taking
I ain't never gonna shut you out

Everywhere I'm looking now
I'm surrounded by your embrace
Baby I can see your halo
You know you're my saving grace

You're everything I need and more
It's written all over your face
Baby I can feel your halo
Pray it won't fade away

Do your halo halo halo
I can see your halo halo halo
Do your halo halo halo
I can see your halo halo halo

Hit me like a ray of sun
Burning through my darkest night
You're the only one that I want
Think I'm addicted to your light

I swore I'd never fall again
But this don't even feel like falling
Gravity can't forget
To pull me back to the ground again

Feels like I've been awakened
Every rule I had you breaking
The risk that I'm taking
I'm never gonna shut you out

Everywhere I'm looking now
I'm surrounded by your embrace
Baby I can see your halo
You know you're my saving grace

You're everything I need and more
It's written all over your face
Baby I can feel your halo
Pray it won't fade away

I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo
I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo

I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo
I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo
Halo, halo

Everywhere I'm looking now
I'm surrounded by your embrace
Baby I can see your halo
You know you're my saving grace

You're everything I need and more
It's written all over your face
Baby I can feel your halo
Pray it won't fade away

I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo
I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo

I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo
I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo

Resplendor

Lembra-se daquelas paredes que eu ergui?
Bem, baby, elas estão desmoronando
E elas nem resistiram à queda,
E a queda nem sequer foi barulhenta
Encontrei uma maneira de te deixar entrar
Mas eu realmente nunca tive dúvida
Quando em frente da luz do seu resplendor
Eu tenho o meu anjo agora

É como se eu estivesse sido despertada,
Tantas regras eu tive que quebrar
É o risco que estou correndo
Eu nunca vou te deixar de lado

Em Todo lugar que estou olhando agora
Você me cerca com o seu abraço
Baby, eu posso ver o seu resplendor
Você sabe que é a minha graça salvadora,
Você é tudo que eu mais precisava,
Isso está escrito em todo o teu rosto
Baby, eu posso sentir o seu resplendor,
Vou orar para que ela não desapareça

Eu posso sentir o seu resplendor
Eu posso ver o seu resplendor
Eu posso sentir o seu resplendor
Eu posso ver o seu resplendor

Me atingiu como um raio de sol,
A queimar através da minha escura noite
Você é o único que eu desejo
Eu estou viciada em tua luz,
Eu jurei que não cairia(me apaixonaria) novamente,
Mas eu nem me sinto como se estivesse a cair
A gravidade não pode se esquecer
De me colocar no chão outra vez

É como se eu estivesse a ser despertada,
Tantas regras eu tive que quebrar
É o risco que estou correndo
Eu nunca vou te deixar de lado

Quando aparento estar triste
Você me cerca com o seu abraço
Baby, eu posso ver o seu resplendor
Você sabe que é a minha graça salvadora,
Você é tudo que eu mais precisava,
Isso está escrito em teu rosto
Baby, eu posso sentir o seu resplendor
Vou orar para que ele não desapareça

Eu posso ver o seu resplendor
Eu posso ver o seu resplendor
Eu posso sentir o resplendor
Eu posso ver o seu resplendor
Eu posso ver o seu resplendor
Eu posso ver o seu resplendor
Eu posso sentir o seu resplendor
Eu posso ver o seu resplendor

Bem, baby, elas estão desmoronando
Elas nem resistiram à queda,
E a queda nem sequer foi barulhenta
Encontrei uma maneira de te deixar entrar
Mas eu realmente nunca tive dúvida

Eu tenho o meu anjo agora

É como se eu estivesse sido despertada,
Tantas regras eu tive que quebrar
É o risco que estou correndo
Eu nunca vou te deixar de lado

Quando aparento estar triste
Você me cerca com o seu abraço
Baby, eu posso ver o seu resplendor
Você sabe que é a minha graça salvadora,
Você é tudo que eu mais precisava,
Isso está escrito em todo o teu rosto
Baby, eu posso sentir o seu resplendor
Vou orar para que ela não desapareça

Eu posso ver o seu resplendor
Eu posso ver o seu resplendor
Eu posso sentir o seu resplendor
Eu posso ver o seu resplendor

Me atingiu como um raio de sol,
A queimar através da minha escura noite
Você é o único que eu quero
Eu estou viciada em tua luz,
Eu jurei que não iria mais cair,
Mas eu nem me sinto como se estivesse a cair
A gravidade não pode se esquecer
De me colocar no chão outra vez

É como se eu estivesse a ser despertada,
Tantas regras eu tive que quebrar
É o risco que estou correndo
Eu nunca vou te deixar de lado

Quando aparento estar triste
Você me cerca com o seu abraço
Baby, eu posso ver o seu resplendor
Você é a minha graça salvadora,
Você é tudo o que eu mais preciso,
Isso está escrito em teu rosto
Baby, eu posso sentir o seu resplendor
Vou orar para que ela não desapareça

Eu posso ver o seu resplendor
Eu posso ver o resplendor
Eu posso sentir o resplendor
Eu posso ver o seu resplendor
Eu posso ver o seu resplendor
Eu posso ver o seu resplendor
Eu posso sentir o seu resplendor
Eu posso ver o seu resplendor

CARTA
A carta é uma modalidade redacional livre, pois nela podem aparecer a narração, a descrição ou a reflexão. O que determina a abordagem, a linguagem e os aspectos formais de uma carta é o fim a que ela se destina: um amigo, um negócio, um interesse pessoal, um ente amado, um familiar, uma secção de jornal ou revista etc.



TIPOS DE CARTAS.


COMUNICADO


À
Nome da empresa ou pessoa
CNPJ ou CPF
Endereço
Cep
Cidade - Estado


A empresa (informar o nome), por meio de seu gerente infra assinado, vem através desta comunicar que foi constatado em nossos cadastros uma pendência financeira no pagamento referente à nota fiscal nº xxxx, concernente à parcela vencida em (data), que importam em um débito total de R$ xxx,xx (por extenso).


Solicitamos que Vossa Senhoria entre em contato dentro de 48 horas para regularizar a situação.




Localidade, dia, mês e ano.




Nome da empresa (assinar acima)
Nome do gerente ou diretor
Cargo ocupado


OFÍCIO DE ENCAMINHAMENTO


Ofício nº ___/___




Senhor(a) (nome do destinatário)
(cargo)
(empresa ou órgão)






Eu, (nome), brasileiro, (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar), venho através do presente solicitar à Vossa Senhoria a juntada e análise dos documentos abaixo descritos ao autos do processo administrativo nº xxxx/xx, conforme solicitado.


- Documento 1;
- Documento 2;
- Documento 3.


Sendo o que se apresenta, renovo expressões de elevada estima e consideração.






(localidade), (dia) de (mês) de (ano)




(assinatura)
(seu nome)


OFÍCIO DE AGRADECIMENTO


(localidade), (dia) de (mês) de (ano)


Ofício nº XXX/XXXX




À
Prefeitura Municipal de XXX


Ref.
Agradecimento




A Associação de Moradores do Bairro X, por meio de seu presidente, vem manifestar profundo agradecimento pela doação de uma área de terreno localizada nas proximidades do trevo para construção da sede da associação, onde serão prestados serviços de relevância social para comunidade.


Aproveito a oportunidade para renovar meus protestos de respeito e consideração.


Atenciosamente,




(assinatura)
(nome)
Presidente da Associação de Moradores


CARTA DE INTENÇÃO




À
Faculdade Estudos Estudiosos
Coordenação




Eu, Emerlindino Emergumeno Emâncio, brasileiro, solteiro, estudante, inscrito no CPF sob o nº (x) e no RG nº (x), residente e domiciliado à Rua Efrancio Efrácio, nº 14 - Bairro Efracionino, nesta cidade, declaro minha intenção de participar da Oficina de Especialidades Monográficas, a ser realizada no período de xx à xx, nesta instituição, tendo em vista que o tema é diretamente relacionado ao curso no qual estou matriculado.




(localidade), (dia) de (mês) de (ano).




(assinatura)
(nome)


CARTA COMERCIAL
PAPEL TIMBRADO




Para (destinatário / empresa)


Atenção a (pessoa ou departamento)


Assunto (Do que se trata esta comunicação)




Prezados Senhores,




Somos uma empresa de representações e temos em nosso quadro apenas profissionais altamente capacitados na área de informática e desenvolvimento de softwares, motivo pelo qual manifestamos nosso interesse em representá-los, com exclusividade, na cidade de (informar).


Caso haja interesse por parte de sua empresa, colocamo-nos à disposição para novos contatos, em que possamos detalhar nossa proposta.




Agradecemos antecipadamente a atenção.




Atenciosamente,




(assinatura)
Sua Empresa
Seu Nome - Seu Cargo


CARTA DE AMOR


Querida (nome),


Não fique surpresa, você deve estar achando estranho receber esta carta, já que eu não sou muito dado a escrever. Mas de repente me deu uma vontade louca de confessar o quanto é bom amar você, o quanto me faz bem essa ternura que nos cerca, mesmo quando você não está ao meu lado.
Amar e me sentir amado por ti, é a melhor de todas as sensações que já experimentei na vida. Com você me sinto feliz e poderoso. Sou livre no sentido de poder tomar qualquer atitude, qualquer rumo, sabendo que estou agindo em busca do melhor para nós dois.
Tenho sempre muita saudade de você, mas é uma saudade gostosa de sentir. Uma saudade doce, terna e tranquila, pois sei que também sente saudade de mim. Assim que os meus olhos encontrem o brilho de seu olhar, o sorriso de sua boca, a alegria há de voltar imediatamente.
Minha querida e adorável criança, que a pureza deste meu sentimento, possa ser sempre maior e perdure para sempre... intensamente por toda a nossa vida. Você é a única razão de toda essa felicidade que fez morada no meu coração, trazendo paz para minha alma.


Abraços e beijos, eu te amo.
(assinatura)


CARTA DE AMIZADE


Meu amigo (nome),


Estou certo de que você está bem, mas estou escrevendo esta mensagem para matar saudade. Faz muito tempo que não nos vemos. A distância não provoca em mim o esquecimento das pessoas chegadas, por isso quero marcar alguma coisa. E não é preciso pretexto para nos encontrarmos. Vamos simplesmente por a conversa em dia.
Amigo é aquele cara que com luz própria, ilumina nosso caminho, quando fala algumas verdades. Com a liberdade que a amizade concede, também nos dá oportunidade de sugerir correções, para os objetivos da sua vida. Essa é a imagem do amigo que a gente busca.
Confundir o colega, aquele simples companheiro de boteco, com o amigo verdeiro é um erro que não cometo. Nos momentos difíceis da nossa vida, eu soube distinguir o grande amigo que você é, nunca o igualei com um conhecido qualquer de quem jamais precisei, e não faço questão de ser amigo.
Gosto de você cara, pelo seu espírito, pela camaradagem que se criou entre nós, além da afinidade que sempre existiu. Não precisamos gostar das mesmas coisas, nem torcer pelo mesmo time, somos amigos porque, sem nenhum laço de família, podemos dizer que somos irmãos.


Espero encontrá-lo em breve.
Um abraço (assinatura)


BILHETE


O bilhete pode ter significados diversos, pois pode ser um tipo de documento de valor comprovante, ou pode ser um breve recado escrito para parentes, amigos, e/ou namorado(a).Geralmente sendo um recado rápido e de fácil compreensão


FÁBULA


A fábula é uma espécie de conto narrativo que contém como personagens seres que não agem com a razão normalmente (animais, plantas, etc.)mas ali adquirem vida inteligente e trazem como mensagem uma moral para a reflexão de nossas ações.


AS ÁRVORES E O MACHADO


Um homem foi à floresta e pediu às árvores, para que estas lhe doassem um cabo para o seu machado novo. O conselho das árvores então concorda com o seu pedido, e lhe ofertam uma jovem árvore para este fim.


E logo que o homem coloca o novo cabo no machado, começa furiosamente a usá-lo, e em pouco tempo, já havia derrubado com seus potentes golpes, as maiores e mais nobres árvores daquele bosque.


Um velho Carvalho, observando a destruição à sua volta, comenta desolado com um Cedro seu vizinho:


O primeiro passo significou a perdição de todas nós. Se tivéssemos respeitado os direitos daquela jovem árvore, também teríamos preservado os nossos, e poderíamos ficar de pé, ainda por muitos anos.
Autor: Esopo


Moral da História:
Quem menospreza seu semelhante, não deve se surpreender se um dia, outros fizerem o mesmo consigo.


Conto narrativo


Conto é uma narrativa curta e que se diferencia dos romances não apenas pelo tamanho, mas também pela sua estrutura: há poucas personagens, nunca analisadas profundamente; há acontecimentos breves, sem grandes complicações de enredo; e há apenas um clímax, no qual a tensão da história atinge seu auge.


No conto, tempo e espaço são elementos secundários, podendo até não existir.


Para que ninguém a quisesse


Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as jóias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.


In: Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. P. 111-2.


REPORTAGEM


A reportagem é um gênero de texto jornalístico que transmite uma informação por meio da televisão, rádio e revista. Difere de uma notícia, que é bastante objetiva, por fazer uma cobertura mais ampla de um tema: ela investiga a origem, as razões e os efeitos de um fato. As reportagens contêm a observação do fato por parte do jornalista e das pessoas envolvidas. Podem também apresentar informações por meio de fotos, mapas, gráficos, etc.


Presidente ou presidenta?




Como deve ser tratada a primeira mulher a presidir o país
ARACI REIS DE FRANÇA
A eleição inédita no Brasil de uma mulher para a Presidência da República lançou uma questão linguística: Dilma Rousseff é “a presidente” ou “a presidenta” do país?


O tema – qual das duas formas está correta? – passou a ganhar espaço na mídia à medida que o bom desempenho da candidata ia sendo apontado pelas pesquisas de intenção de voto. Jornais, colunas e blogs dedicaram-se a investigar, além do passado da candidata e de seus atributos como postulante ao cargo mais importante da nação, uma suposta tendência de Dilma de usar a palavra “presidenta”, especialmente em seus comícios.


Com a concretização da vitória, o que era uma dúvida menor torna-se uma questão cotidiana. As referências a Dilma terão de ser precedidas do título que ela conquistou, inclusive em ÉPOCA. Afinal, como Dilma Rousseff deverá ser tratada em seu novo posto? E aqui na revista?
Em princípio, como ela quiser. Não há norma na língua que defina uma das formas como errada, nem mesmo menos correta. O professor de língua portuguesa e apresentador de TV Pasquale Cipro Neto diz que a terminação “nte” vem do latim e é comum nas línguas neolatinas, como o português, o espanhol e o italiano. Ela indica o executor de uma ação, normalmente tornando a palavra invariável quanto ao gênero. Por isso, dizemos “o gerente” para homens e “a gerente” quando uma mulher ocupa a função. É o que em português chamamos de substantivo de dois gêneros.
“No caso de ‘presidenta’, talvez pelas conquistas das mulheres em vários territórios, surgiu esse uso, que os dicionários acolheram”, diz Pasquale. “Os três maiores dicionários da língua portuguesa, o Houaiss, o Aurélio e o Aulete, já registram ‘presidenta’ como equivalente de ‘a presidente’, ‘mulher que preside’. As duas formas estão corretas.”


ÉPOCA apurou que Dilma tem simpatia pela palavra presidenta, apesar de uma sondagem feita pelo PT entre agosto e setembro ter constatado que o termo causou estranheza à maioria dos consultados. É a equipe do cerimonial da Presidência, ainda a ser definida, que determinará a forma de tratamento a constar em documentos e atos oficiais. A definição, portanto, só deverá vir em janeiro, data da posse de Dilma, e, a partir de então, respeitaremos sua decisão nas páginas de ÉPOCA (nesta edição, optamos por usar presidenta apenas nas chamadas principais). Mas, quando o assunto é língua, nem sempre as determinações oficiais são seguidas.
A língua é construída diariamente, pelo uso que dela fazem aqueles que a falam e escrevem. Se até hoje a forma “a presidente” esteve disseminada na imprensa e na literatura brasileiras e espelhou uma realidade quase sem mulheres, um cenário protagonizado por uma delas pode inaugurar uma tendência, a das presidentas. Como já houve a oportunidade das doutoras, das ministras... “Vai ser o uso que de fato vai definir o termo. Como acontece na Argentina, em que Cristina Kirchner faz questão de ser ‘la presidenta’, não vai haver saída que não seguir a vontade da própria eleita”, diz Pasquale Cipro Neto.


NOTÍCIA


A notícia é a informação sobre um fato novo. As notícias são mais antigas que os jornais. A primeira forma de transmissão delas, historicamente, foi o boca a boca e depois através de cartas.
Hoje, a mesma é veiculada de maneira oral ou escrita nos meios de comunicação - jornais escritos, ou em vídeos.
A notícia deve ser objetiva, levar uma informação clara e precisa sem a afetação de quem a escreve procurando se ater aos fatos isentando-a de sua opinião sendo escritas em terceira pessoa.
A notícia obedece a algumas regras para sua redação.
No alto o título vem destacado em letras maiores e dá-se o nome de Manchete a esse título.O mesmo é objetivo, conciso e com verbos no presente e deve resumir o assunto da mesma.


Folha de S. Paulo
PRIMEIRA MULHER ELEITA TEM 56% DOS VOTOS


No primeiro parágrafo o autor obedece ao lead. O lead é um conjunto de perguntas básicas que o autor deverá responder à medida que escreve sobre o fato que vai apresentar. O lead começa pelo fato e não pelo verbo respondendo às perguntas - O que aconteceu?, quem?, quando?, onde? - O tempo verbal do lead é o pretérito perfeito indicando um fato concluído ou o futuro se a noticia indica um fato que ocorrerá.


Dilma Vana Rousseff, 62, foi eleita ontem a primeira mulher presidente da República do Brasil. Com 99,98% dos votos apurados, ela tinha 56% dos votos válidos. Seu triunfo é uma vitória pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que escolheu uma técnica neófita em eleições para sucedê-lo, à revelia de seu partido, o PT.


Dilma diz que vai “bater à porta” de Lula
Em seu primeiro pronunciamento como presidente eleita, Dilma Rousseff afirmou que vai “bater muito à porta” de Lula, em seu governo, se comprometeu a zelar pelos valores democráticos, como as liberdades de imprensa e religiosa, e estabeleceu como principal meta a erradicação da miséria.


O corpo, desenvolvimento ou body responde às perguntas Como? e por quê? respondendo às questões levando em consideração o mais importante. Se retirarmos o último parágrafo da mesma o conteúdo não será prejudicado.


EDITORIAL


O editorial é um artigo que exprime a opinião do órgão jornalístico. Geralmente, é escrito pelo redator-chefe , possuindo uma linguagem própria, e publicado com destaque na Segunda ou terceira página do jornal ou da revista.


As características da linguagem são: ser formal, padrão, objetiva, conceitual; por ser impessoal, emprega-se a terceira pessoa; quanto ao conteúdo, sua estrutura é dissertativa, organizada em tese (apresentação sucinta de uma questão a ser discutida); desenvolvimento ( possuir argumento e contra-argumentos indispensáveis à discussão e à defesa do ponto de vista do jornal) e conclusão ( síntese das idéias anteriormente desenvolvidas) Além disso, deve-se usar exemplos que ilustram o assunto em questão. Possuir coerência entre o título e o conteúdo, não ter assinatura e expressa o ponto de vista do veículo ou da empresa responsável pela publicação.


Desta forma, o editorial é um texto opinativo, cujas idéias expressas contêm a visão de seus responsáveis. (Referência bibliográfica: CEREJA, William R. & MAGALHÃES, Thereza C. Português: Linguagens. São Paulo: Atual editora, 1994, V.2)


O exemplo do mel": Confira Editorial do Jornal O Dia desta segunda-feira (30)


A notícia de que o Piuaí é o quarto maior exportador de mel do Brasil parece um bálsamo em meio à preocupante tormenta que assola nosso noticiário econômico nos últimos tempos. Seguidamente, nossas manchetes estampam quedas repetidas no FPM e FPE, o que assusta quando temos que convir que boa parte da economia piauiense ainda anda a reboque da máquina estatal. Embora essa boa notícia seja música para os ouvidos e olhos impregnados pela crise econômica mudial que resvala nos grandes e pequenos, ricos e pobres, é preciso ponderar que o desempenho na exportação do mel não é assim tão bom assim. No ano passado, o Piauí era o segundo maior exportador de mel do Brasil.


Tudo bem que somente em março a União Européia, que é o principal consumidor do nosso mel, suspendeu um embargo imposto em 2004. Mesmo assim, temos um bom caminho a percorrer até retomar a expressividade que nossa apicultura merece. Afinal, a média nacional de produção é de 16 quilos por colmeia ao ano, um desempenho fraco se comparado às nossas colméias, que chegam a produzir 30 quilos por ano, conforme matéria da repórter Mayara Bastos, publicada nesta edição, na editoria de política. E é esse mesmo o tratamento que precisamos dar a notícias como essa, a de cunho político, uma vez que precisamos superar a escravidão da nossa economia aos fundos e repasses federais. Nos municípios piauienses existem mais de 100 associações de apicultores e pelo menos 20 cooperativas isoladas, mas esse número poderia ser bem maior. Por que não explorar a força de um negócio não só ecologicamente autosustentável, mas que, pelas especificidades do nosso clima e flora, nos torna referência no Brasil e no mundo? Além da apicultura, a castanha de caju é um produto que tem possibilidade de crescimento muito grande na nossa balança exportadora, mas é preciso que aprendamos a deixar de exportar produtos sem nenhum valor agregado, produtos basicamente em natura.


O Piauí tem mentes brilhantes o suficiente para agregar valor a qualquer produto e enviar às prateleiras dos supermercados de países ricos um produto acabado. Assim, reduzindo a cadeia de atravessadores, sobrariam mais recursos para nossa agroindústria. Não se combate crises com lamentações e choramingos, a saída é e sempre foi a criatividade, a supe-ração. Então, nada melhor do que adoçar nossas páginas, nossos olhos e mentes com as alvissareiras notícias do mel.


Secções


Os jornais diários, além da divisão em editorias e cadernos temáticos, apresentam ainda outras seções de conteúdo jornalístico no âmbito da opinião, das informações institucionais e da utilidade pública. Elas costumam estar distribuídas pelos cadernos ou páginas especiais.
Editorial - artigos que expressam a opinião institucional e apócrifa (sem assinatura individual) do jornal.
Expediente - listagem da equipe da redação (pelo menos a direção, as chefias e as editorias), dados de tiragem e circulação, mais endereços e telefones para contato, assinaturas, números atrasados etc.
Cartas dos leitores - cartas selecionadas pela redação (ou pelo Ombudsman), comentando temas abordados ou sugerindo pautas para novas matérias.
Obituário - falecimentos, geralmente agrupados junto aos anúncios fúnebres.
Coluna Social - notas e fotos de personalidades em festas e eventos sociais.
Tempo e Clima - previsões meteorológicas
Horóscopo - previsões astrológicas
Efemérides e curiosidades - fatos históricos na data corrente e informações de almanaque e cultura geral.
Charge ou Cartoon.
Quadrinhos ou Banda desenhada - geralmente publicados em tiras de três ou quatro quadros.
Palavras-cruzadas, Caça-palavras e atualmente Sudoku.
Classificados, Imóveis e Empregos - anúncios pequenos, geralmente pagos por indivíduos.
Esportes


CHARGE


A charge é um tipo textual que utiliza-se da linguagem verbal e a não verbal - imagens e palavras.
A charge tem como base a notícia e como função ironizar um fato de forma cômica. Essa crítica ajuda o leitor a construir sua opinião a respeito de fatos.
Em seus desenhos o autor destaca características físicas da pessoa retratada de forma acentuada.













Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Nenhum comentário: