Doce menina medrosa, assim te conheci. Tinhas no olhar a desconfiança e no peito a confiança.
Lembra-te de nossa primeira conversa séria, estou rindo agora, menina.
Eras tão bela, a mais bela entre todas, mas desconfiada.
Menina-mulher-controversa.
Minha amiga.
Descrever-te é entrar pelas salas da faculdade e relembrar o bom tempo
Não foste e não és corajosa, mas amorosa.
Tens na alma o desejo e no rosto a coragem.
Tens, tu tens.
És rosa vermelha esculpida em mulher.
És margarida-menina.
És um jardim.
Só não és as flores feias.
Guardas contigo o dom de todas elas.
E n'alma a beleza delas.
Mãe maravilhosa...
Esposa.
Irmã.
Amiga.
Nesse jardim tem trevo
De três folhas...
Seu amigo.
Tem também um olmo
Que faz sombra quando o sol cala.
Colina forte,
Amparo celeste.
És céu
És montanha íngreme.
És homenagem
À todas as flores do jardim feminino.
Hoje não poderei colher rosas vermelhas
Pois colher-te-ia
Portanto para expressar minha paixão por ti
Dou-te um bouquet de palavras...
Rosas vermelhas!
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