BEM-VINDO!!!

Aonde fores, por onde fores, encontrarás palavras. Nem sempre tão belas. Mas podes torná-las melhores que
são. Um abraço! Marcio Campos

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Encruzilhadas do amor

3º lugar no PSP
Nas estradas da vida eu busquei você. Foram tantos caminhos em descaminhos que perdi a conta dos incontáveis dias que fui ao seu encontro.
Não nego que nas encruzilhadas me perdi de você, muitas vezes na tentativa de encontrá-lo.
Foram tantas as idas e vindas que nem mesmo sei como cheguei  até aqui. 
Ao olhar para você que vem ao meu encontro, finalmente, descubro que há "olhos que não procurem alguém no meio da multidão".
Os teus não o fizeram. Sempre estiveram me aguardando, esperando que tivesse olhos somente para você.
Ao contrário de você, eu o busquei em cada canto, em cada lugar, um que me despendesse pelo menos um olhar. 
Muitos deles eram de carinho, mas eu me entregava  a ilusão de amar. 
Outros tantos foram de desejo e eu acreditava ser a centelha de amor que acendera.
A esperança do encontro de tantos olhares seduzida pelo brilho da crença de que algo mais aconteceria fora transformada por rios de lágrimas derramadas ao longo dos descaminhos.
Quantas vezes em meio às desesperadas lágrimas jurei não mais elevar os olhos a outros. Pendi-me desesperada, descabelei-me, ofendi-me e espalhei aos quatro ventos a desilusão minha com o amor.
Quedei-me aos sentimentos negativos dizendo que a partir dali não mais amaria, mas usaria das armas masculinas da sedução para ferir. Tentei inúmeras vezes e pude ver que as marcas deixadas em meu coração só ficariam mais profundas.
Agora, olho para você, de teus olhos, somente o amor de "mares nunca dantes navegados". Mas o que seria da busca sem a felicidade do encontro?
Se nos meus descaminhos tivesse encontrado você não teria a alegria de sorrir das lágrimas que correram lá atrás e agora descem em rios de felicidade.

Projeto Créativité
Texto para a
18ª Edição Gênero-Situação.
Tema
 escrever um conto contendo a seguinte frase:
 "olhos que não procurem alguém no meio da multidão(Bruna Morgan).

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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Procura


Sábado saí em busca de teus olhos.
Procurei em tantos olhos.
Houve uns que me desejaram...
Outros tantos me sorriram..
Mas não encontrei os teus.
Andei batendo de olho em olho.
Vasculhei cada canto.
Mas teus olhos não estavam ali.
Ficaram tristes os meus
Em busca dos teus.


Texto elaborado para a
22ª Edição De-sa-fi-o.
Tema:  mini-conto
projeto créativité

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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Olhos seus, olhos meus... nossos olhos



Hoje, quando acordei abri o livro na cabeceira e "encontrei um bilhete no meio do livro que dizia": 
-Onde estão teus olhos que não encontram os meus?
Lembrei-me do dia que o recebi. Foi o primeiro dia que meus olhos ergueram-se de encontro ao seus. 
Jamais vi olhos tão doces, tão lindos. O azul era de uma paz tão suave como o sorriso terno que teus lábios traziam.
Fazia meses que o observava  a me olhar, mas fingia não percebê-lo.
Sempre achava que era imaginação minha que nada mais podia acontecer entre a gente. Seus olhares fixos em mim não me incomodavam, mas reservara-me o medo de olhar na mesma direção, colhendo de você cada momento de ternura. Afinal, o que nos separa são vinte e dois anos. 
Uma diferença considerável. Você na flor da idade e eu no início da maturidade.
- Por que insistira tanto quando não lhe dera nenhuma esperança?
Fazia-me bem ver seus olhares insistentes e indiscretos. Estes alimentavam-me a alma e trazia a alegria a este coração cansado de tantas batalhas amorosas. 
Engraçado que não fazia nada mais para chamar a atenção. Fazia questão de estar perto, de observar e se eu estivesse nada arredava você dali.
Seus olhos nunca me despiram, assim como os meus também não o fizera.
Seus olhos ensinaram-me amar os seus. Seus olhos fizeram-me sonhar os seus. Seus olhos fizeram-me olhar os seus.
Fecho o livro. 
Levanto os olhos. 
Encontro os seus. Os mesmos olhos de outrora. Olhos amorosos que sorriem terna e calmamente a dizer-me :
- Amo você.

                                conto elaborado para a 83ª edição conto/historia do blog Bloínquês

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